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WEBMENORNUPEMFoto: Arquivo NupemO Nupem completa 25 anos de uma trajetória que carrega todos os predicados de uma grande história: superação, desafios e ideais. Localizado no bairro de São José do Barreto, em Macaé, ele representa o início do processo de interiorização da universidade. O embrião começou a ser formado ainda nos anos 80, quando o professor Titular do Instituto, Francisco Esteves, que já realizava pesquisas em Macaé pela Universidade Federal de São Carlos, foi transferido para a UFRJ.
Acampados em barracas às margens das lagoas de Macaé, os pesquisadores ainda não sabiam, mas colocavam as primeiras pedras de fundação do futuro instituto. Em 1993, o então reitor Nelson Maculan assinou convênio entre a universidade e a prefeitura de Macaé, que cedeu um galpão para a instalação do que seria a primeira sede do Nupem. Em 1994, foi construído um pequeno prédio, batizado de Núcleo de Pesquisas Ecológicas de Macaé (Nupem).
Em 1996, pesquisadores da UFRJ elaboraram o primeiro plano de preservação da lagoa de Imboassica, hoje, um dos maiores patrimônios naturais do município. Assim, o Nupem começava a estender os resultados de suas pesquisas à sociedade, marca do instituto. “Nosso foco sempre foi fazer pesquisas que gerassem impacto social para a população de Macaé e região”, conta o vice-diretor, professor Francisco Esteves.
Ao longo dos anos, a atuação da unidade passou a ser diversificada. A pluralidade das pesquisas levou à transformação do núcleo em instituto especializado do Centro de Ciências da Saúde. No ano passado, o Nupem foi rebatizado de Instituto de Biodiversidade e Sustentabilidade da UFRJ.
Para o professor Jackson Menezes, docente de Macaé desde 2008 e atual diretor da AdUFRJ, o instituto é exemplo de sucesso. “O Nupem virou um grande ponto de convergência em estudos de problemas sociais altamente complexos”, define.
O segredo para toda esta convergência é a estrutura integrada, defende. “Nossos laboratórios são integrados a vários saberes, a estrutura é compartilhada. Isto nos permite um contato muito mais estreito com diferentes áreas do conhecimento para investigar um mesmo problema”, argumenta o docente.
O diretor do Instituto, professor Rodrigo Fonseca, concorda. “Acredito que a ausência de departamentos, somada ao fato de focarmos em pesquisas voltadas aos grandes temas sociais, são aspectos que nos diferenciam”.
Outro ponto que Fonseca destaca como diferencial para que o Nupem tenha se transformado em um centro de excelência, é a valorização de seu corpo social. “Nossos técnicos têm pós-graduação. Os alunos são o tempo todo incentivados a também ensinarem. Não apostamos em hierarquias rígidas”, defende.
A atuação dos docentes em dedicação exclusiva, para o diretor, foi o que permitiu que a interiorização com o Nupem fosse um sucesso. “Todos os nossos professores são doutores com dedicação exclusiva e moradores de Macaé e proximidades. Eles vivem os problemas locais e acabam investigando soluções para a região”, observa.
Saiu do Nupem o argumento científico para a criação do Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba. Com quase 15 mil hectares, a área é a primeira do país a compreender exclusivamente o ecossistema de restinga. Hoje, o Nupem possui cinco programas de pós-graduação e os cursos de graduação em Ciências Biológicas (licenciatura e bacharelado). O instituto é referência nacional em monitoramento ambiental e é conveniado a instituições internacionais, como a Universidade de Stavanger, na Noruega. (Colaborou Giulia Ventura)

WEBbarracanupemA EXCELÊNCIA QUE NASCEU EM BARRACAS Instituto hoje é referência em ecologia e saúde - Foto: Arquivo Nupem

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