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02WEB menor1135Na semana passada, havíamos identificado com rapidez que o então nomeado ministro da Educação havia sido reprovado em sua tese de doutorado. Isso não o impede de exercer o cargo. O ministro não precisa ter nem nível superior, o problema não é a ausência do título, mas a desfaçatez do gesto que parece ser estruturante nesse governo. Um governo essencialmente mentiroso e farsante, isso precisa ser exaustivamente denunciado. A conta que Decotelli pagou foi alta demais e chegou muito rápido na sua mesa, passando à frente de ministros bem mais antigos no cargo. Isso sem contar o vexame da FGV, que também correu rápido demais para se afastar do caso e acabou engolida por ele também.
Erraram na dose, e acabaram entrando na foto lamentável de nosso racismo estrutural. Resta saber quanto tempo esse novo nome ficará no ar: Renato Feder, o homem que dedica seu único livro ao dinheiro. Não pode funcionar. Esperemos que durante a semana isso tudo acirre a divisão interna do governo, desgaste ainda mais a sua credibilidade, e principalmente, que nos ajude a desorganizar e a atrasar as ações mais nefastas que pretendem implantar. Tomara que seu nome seja notícia velha na próxima edição do nosso jornal. O que nos pareceu muito evidente é que a melhor saída seria mesmo não ter ministro, as coisas vão melhor sem eles. Aliás, o país estaria melhor também se não houvesse presidente, origem de nossos males maiores.    
Mas enquanto no Planalto os homens exercem seus podres poderes, travamos a luta verdadeira nos corredores do HUCFF. Cada dia, cada vida, tudo importa demais. É isso que nos move e faz vivos e fortes. Derrotaremos quantos mais vierem. Mesmo que esteja muito difícil para todos nós. A última sessão do Consuni, convocada a pedido do movimento estudantil não poderia ser mais simbólica para a UFRJ. Completamos nesse dia exatamente um ano da posse da primeira reitora dessa instituição centenária. E em pauta uma resolução que ninguém gostou, mas que sabemos ser necessária. Começamos a abrir uma estrada que transformará de forma irreversível as práticas institucionais.
Estamos diante de algo que não conhecemos nem desejamos. De nossa parte, construiremos todos os instrumentos que estejam ao nosso alcance para que os princípios que norteiam a universidade sejam reafirmados durante este quadro especial da pandemia: a democratização do acesso, a qualidade do ensino, a garantia das decisões colegiadas. E, principalmente, que sejam preservados e resguardados nossos direitos e nossa saúde, física e mental. Há muito trabalho pela frente.

Diretoria da AdUFRJ

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