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WEBcoletivoCOLETIVOS ajudam negros a ganharem espaço na universidade - Foto: Ernesto CarriçoDesde 2013, a implantação das cotas nas universidades federais fez a UFRJ avançar rumo à democratização do ensino superior. Apesar da conquista, o dia a dia acadêmico ainda é terreno árido para estudantes negros. São eles os mais dependentes de políticas de permanência como bolsas, moradia, transporte e alimentação. Os alunos também esbarram em violências subjetivas, como a falta de representatividade no corpo docente.
A partir das dificuldades, surgiram os coletivos negros na instituição. Primeiro, na graduação; depois, na pós. “Hoje, nós temos 19 coletivos”, conta Luciene Lacerda, da Comissão de Coletivos Negros da UFRJ. “A ideia é que a universidade se responsabilize pelas discussões e políticas, e pense ações”, afirma. Além dos coletivos, a comissão também congrega as pró-reitorias de Graduação, Pós-Graduação, Extensão e de Políticas Estudantis.
“Algo comum entre todos os coletivos é justamente ser apoio e transformar a realidade”, justifica Alexandre Freitas da Silva, do Coletivo Negrex, da Medicina. O grupo discute a saúde da população negra e conseguiu introduzir o tema em três momentos do curso: no terceiro e sexto períodos e no internato. “Queremos combater o racismo enquanto futuros profissionais de saúde”, explica o estudante.
Apesar do avanço, o currículo oficial ainda não prevê disciplinas sobre o tema. “É preciso institucionalizar. A população atendida pelo SUS é majoritariamente negra, mas a formação ainda é elitista e branca”, critica.
No IFCS, há o Coletivo Guerreiro Ramos. Iracema Souza conta que o grupo montou um curso preparatório para a seleção da pós-graduação. “É voltado a estudantes negros da UFRJ e de outras universidades”, explica. “Atuamos em duas dimensões: fortalecimento de quem já está na pós e ampliação do acesso para negros”.
Como principal entrave para estudantes negros, Iracema destaca o não domínio de línguas estrangeiras. “É a principal barreira, somada à restrição de recursos”. A falta de representatividade também afeta emocionalmente. “Nosso programa não tem docentes negros”, diz a aluna do Programa de Pós-graduação em Sociologia e Antropologia
Daniel Lopes, é um dos fundadores do Coletivo Dona Ivone Lara, do Serviço Social. “Antes mesmo da rede de apoio, surgimos lutando pelo direito de acessar a pós-graduação”, conta. O grupo foi formado em 2017, a partir des discussões para adoção das cotas na pós da unidade.

 

NOTA DE AGRADECIMENTO

Os coletivos negros da UFRJ escreveram mensagem de agradecimento pelo apoio da AdUFRJ para realização de eventos na universidade.

A Comissão de Coletivos Negros da UFRJ vem por intermédio desta carta agradecer à Adufrj pela contribuição financeira para a realização do evento Black In Fundão- Festival Preto, que ocorreu dia 14/11, no campus Fundão, na Reitoria. Reconhecendo a importância do mesmo para a valorização da presença da juventude negra na Universidade e suas expressões político-culturais.
A luta antirracista continua e contamos com o apoio desta instância da Universidade para somar nessa luta mais vezes!
Seguimos!

Comissão de Coletivos
Negros da UFRJ
Coletivos Negros Virgínia Leone Bicudo da Psicologia, Negrex da Medicina, Claudia Silva Ferreira da FND, Coletivo Negro da Geografia, Conceição Evaristo da Letras, Coletivo Negro Ebí da Biologia, Dona Ivone Lara do Serviço Social, Mary Seacole da Enfermagem, Carolina de Jesus do IFCS, Beatriz Nascimento da História, Claudia Silva Ferreira de Direito, Tereza de Benguela de Relações Internacionais, BAFROS da Comunicação Social, Almirante João Cândido de DGEI, Comissão de Direitos Humanos E Combate às Violências, Associação de Pós-Graduandos da UFRJ e DCE.

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