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WhatsApp Image 2020 11 20 at 23.09.28Não será tão fácil para o ministro Ricardo Salles passar a “boiada” e enfraquecer a proteção ao meio ambiente no Brasil. A mensagem de otimismo é do professor Fábio Rubio Scarano, convidado especial do Tamo Junto, o bate-papo virtual organizado pela AdUFRJ, no último dia 13. Docente do Instituto de Biologia, Fábio compartilhou preocupações, mas também afirmou que o atual retrocesso na pasta “não acabará com a política ambiental consolidada no país nos últimos 30 anos”.
Em relação à Amazônia brasileira – cerca de 60% da Amazônia – Scarano destaca a regulamentação gradual das atividades econômicas no sentido de enraizar “práticas legais na região”. Um exemplo está no Código Florestal, aprovado em 2012. Em teoria, quase 50% da Amazônia são protegidos, 20% são cidade e 30% são terras devolutas (terras públicas sem destinação, por vezes irregularmente ocupadas).
Mas na prática, segundo o professor, há dois problemas não resolvidos, o primeiro diz respeito ao extrativismo irregular na floresta. Já o segundo nó corresponde à disputa fundiária em terras devolutas: “Esses 30% atendem basicamente à especulação imobiliária. Colocam meia vaca por pasto e deixam ali esperando que alguma coisa aconteça para valorizar a terra”.
“As projeções são de chegarmos a 2050 com dois graus a mais na temperatura média do planeta, o que significa degelo e aumento do nível da água com a maior parte da população vivendo em regiões litorâneas”, reforça o ambientalista em relação às mudanças climáticas. E completa o raciocínio com otimismo: “Alguns não acreditam em acordos globais, dizem ser bobagem, mas o que percebemos é um entendimento maior sobre a questão”.

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